Olhando pela janela de minha casa, percebo, bem no fundo entre os objetos guardados pela vida, um jovem rapaz bonito de cabelos compridos. Talvez por estar no escuro por muito tempo, ele possui um olhar arregalado e inquieto. Noto instantaneamente as cicatrizes na sua face e o sangue seco e velho no seu corpo. O jovem certamente foi guardado nessa sala escura. Ou se escondeu nela. Não tem como saber, o que da para saber é que, ao me ver, ele pareceu feliz e tentou se movimentar para sair daquele canto escuro e mofado. Não conseguiu. Caiu. Era muito fraco. Tinha de conseguir mais forças. Talvez um ar limpo pudesse ajuda-lo? Tem tanta coisa nesse quarto que é impossível entrar no lugar e ajudar o guri que quer sentir a luz do sol em sua face. Apesar de ele não estar comigo, saber que ele existe me deixou feliz. Hora de arrumar o quarto.
quarta-feira, 19 de julho de 2017
Hoje, acordei a visão de um lindo jovem. Seus cabelos longos e loiros lembravam uma cachoeira dourada com uma queda alta, porém, calma e não demasiadamente volumosa. O rapaz possuía uma boca com lábios carnudos com um sorriso largo mostrando seus dentes muito bem cuidados. A cor castanha de seus olhos se misturavam a um olhar de infinita esperança. Ele sabia que seu futuro era grande. O mundo era seu. O homem recém saído da infância sabia de seu magnetismo. Ele se orgulhava disso. Se vestia como seus ídolos, agia como eles, vestia-se com o couro, as botas, as cores e a arrogância deles. O garoto tinha muitas garotas aos seus pés. Mas era querido, simpático e, apesar de tudo, possuía um jeito humilde de ser além de transpirar uma alegria cativante. Era um jovem se transformando em um homem completo.
Não tive dúvidas ao dar o primeiro soco em sua face macia. Ele, sem dar um único gemido, caiu ao chão. Aproveitei-me da oportunidade e chutei seu saco. Percebi que ele sentiu quieto ambos golpes. Porém, se aproveitando de sua estamina jovial, o moleque se levantou em um salto e me empurrou com uma facilidade enorme, derrubando-me no chão. O filho da puta me chutou inúmeras vezes, mas, por algum motivo, o covarde saiu correndo.
Eu o perdi de vista. O putinho teve o azar de ter sangrado deixando um rastro de cheiro de sangue no ar, possibilitando o começo de minha caça. Eu sou um caçador fodido. Uma vez que eu marco uma presa, ela não se livrará de mim. Sou um casca grossa atômico. Apesar do pirralho ser bom e ter fugido para bem longe de mim, acabei encontrando o roqueirinho.
Dessa vez, ele não apresentava a mesma força do nosso primeiro encontro. Somente ao me ver, o mongolão caiu no chão e aceitou cada chute e soco sem revidar muito. Mas não soltou um único gemido. Agarrei aqueles seus cabelos, não mais tão bem cuidados como antes, e cortei-lhes sem dó nem piedade. Como Sansão, o jovem perdeu ainda mais suas forças. A minha risada foi alta ao perceber isso. Que moleque molenga!
Mas o corno não soltou nem um puta som. Pau no cu, novamente, não tive dúvidas ao arrancar suas partes masculinas a dentadas de maneira lenta e muito dolorosa. E soquei inúmeras vezes aquela porra de face. Destruí suas feições joviais e seus dentes.
Mas o desgraçado continuou quieto! QUIETO! Aguentou tudo calado! Por que ele não revidou mais? Fui tão fulminante assim em meus ataques? Ah, foda-se! Fodi com a vida daquele bostinha!
Ola meus caros! Trago hoje para a reflexão o vídeo do rabino Abraham J. Twerski. Nesse vídeo, ele compara o crescimento pessoal individual com o crescimento de uma lagosta. Vejam por vocês:
Acredito que vários de vocês possam ter amado o vídeo do rabino. De fato, ele flerta com questões pertinentes, como, por exemplo, a tendência da sociedade moderna de se anestesiar, ao invés, de confrontar seus problemas pessoais. Mas, por que eu acho esse vídeo é um desserviço? O fato dele culpar a procura de ajuda do indivíduo com necessidades. Citando o vídeo em questão: "Se as lagostas tivessem médicos, elas nunca cresceriam." Como um ser pertencente a nossa sociedade moderna pode expressar essa frase? Vivemos em uma época onde, nos últimos 50 anos, a expectativa de vida média, somente no brasileiro, aumentou 25 anos. Um país emergente que, provavelmente, não apresenta os resultados mais satisfatórios em comparação a outros países. Isso deve-se, entre ou fatores, principalmente a evolução da saúde mundial. Tanto a saúde física e quanto a emocional. Abraham J. Twerski chega a me irritar ao expressar essa opinião saída de alguma conclusão muito perturbadora. Eu fiz exatamente como essa linda lagosta, usada como exemplo, fez durante muito tempo. Aliás, esse exemplo também é bastante questionável na visão biológica do animal, mas não entrarei nesse mérito aqui. Nos últimos meses, depois de uma década de sofrimento, resolvi fazer o contrário da sugestão do nosso querido rabino e procurei ajuda e fui diagnosticado com TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo. Um dos mais complicados, devo acrescentar, minhas compulsões são geralmente todas internas. Um dia, quando tiver coragem, descreverei melhor tudo que senti. Não procurei ajuda necessariamente de um médico, fui a uma psicologa e estou para começar um tratamento conjunto a uma psiquiatra por sugestão dela. E digo para vocês simplesmente que, isso, muito provavelmente, salvou a minha de um futuro final suicida. São pessoas como Abraham que alimentam esse preconceito que atrapalha pessoas a procurar ajuda e melhorar suas qualidades de vida. Procurar ajuda também permite o crescimento individual. Se você passa por qualquer problema, procure ajuda. PROCURE AJUDA! Não se preocupe com o que dirão. Foda-se do que dirão! Tudo bem, deve-se ser crítico aos métodos que possam aplicar no processo. Como alego no início do textão de facebook fora do facebook, existe uma tendência de usarmos medicamente de maneira descabida para nos anestesiarmos das dificuldades que vivemos. No vídeo, é colocada como culpada a medicina. Mas não podemos dizer o mesmo dos que usam a religião como um remedinho para a estagnação? Aliás, fato realmente estudado. Conheço casos de pessoas que vivem uma vida de mentira, tristeza e doença e não procuram a ajuda que necessitam, e sim, ajuda de rabinos/padres/pastores/curandeiros criando um ciclo de efeitos placebos que dura décadas. Isso nosso amiguinho, senhor Twerski não cita. Todos temos o direito de ter a religião que quisermos, mas, devemos aprender a ligar os resultados científicos com uma vida religiosa.
Amigos, posso estar exagerando em minhas conclusões sobre o vídeo, mas é inegável que a mensagem expressa nele é negativa. Ela usa, como em muitas outras coisas, de uma meia verdade para a propagação de uma mentira muito prejudicial a psiquê mundial. Espero firmemente que o rabino Abraham J. Twerski tenha se expressado mal.
Obrigado pessoal!
domingo, 2 de julho de 2017
Devo postar algo se não tenho nada de qualidade a escrever?
Sabe, eu provavelmente fui um dos usuários da primeira geração de blogs do Brasil. Ou segunda geração? Não sei. Talvez isso não importa. Ou importa? O que importa é que eu comecei a usar um desses no ano de 2002. Com temática do Guns N' Roses. Achava incrível! Falava sobre a banda e afins. Logo após comecei a postar sobre bandas com estilo similares ao do GNR. Skid Row, Mötley Crüe, Poison, KISS, AC/DC, Jackyl, e vai longe na lista. Tempos lindos, a vida era rica linda e cheia de esperança, afinal, eu tinha toda ela na minha frente. Nessa época, existia um otimismo de mudança, o mundo ia mudar, querendo ou não amiguinho, o mundo iria mudar e a internet era o centro dessa mudança. Mudou. E muito. MESMO. Até poucos anos atrás eu diria que mudou 100% para melhor. Hoje, não diria o mesmo.
Hoje eu sou o Engenheiro Frustrado. Prazer! Ninguém vai ler isso aqui. Eu sei que não. Vou usar esse espaço escrevendo um meia dúzia de baboseiras para alimentar o meu ego e vou perder o interesse disso aqui. Vou procurar alguma outra compulsão e, mais uma vez, tchau tchau querido Blogger.
Tava com saudades disso aqui. Ou estava com saudades da liberdade que eu tinha quando eu usava essa ferramenta no início dos anos 2000. Cara, to velho. 15 anos atrás. E ainda não satisfeito. Ainda fora do mercado! Sim queridos amiguinhos, estou beirando os 30 anos de idade e estou fora do mercado de trabalho! Vivendo as custas do meu, prestes a infartar, papai. Eu tive a estupida ideia de estudar de verdade no curso de Engenhara Civil. NUNCA colei. Me formei em terceiro lugar na minha turma. Tive a oportunidade de estudar no exterior. Consegui notas muito satisfatórias na faculdade estrangeira e voltei para o Brasil somente para me foder! O mercado de trabalho da engenharia civil CAGA para a capacidade que o engenheiro teve em seus estudos na época de curso. O engenheiro tem é que ser um trovador! Tem é que fingir que sabe do que faz! E tem que lamber muita bota de dono de empresa familiar que existe por aqui.
Tenho pena dos meus colegas de trabalho que são gays ou mulheres, pois, o mundo da engenharia é conservador PARA O CARALEO. E óbvio que machista, homofóbico e todos os adjetivos que vêm acompanhados nesse meio. Vi o nascimento de alguns grupos famosos hoje em dia na internet. Partido NOVO. Vi sua criação fui convidado para fazer parte. Estudei com amiguinhos dos grandinhos do MBL. Feminismo nesse meio é xingamento.
Como todo bom engenheiro, meu português é uma merda! Mas ao contrário da maioria, eu não me orgulho disso. Vou me policiar o máximo para controlar os erros, mas já vou me desculpar pelas minhas escorregados nesse texto e para todos os próximos.
